quinta-feira, 24 de março de 2011

Os últimos três livros sobre a Fábrica da Pólvora de Barcarena escritos por Fernando Silva

TRABALHOS QUE MOSTRAM CLARA E FIDEDIGNAMENTE COMO SE ACTUAVA DENTRO DA LENDÁRIA FÁBRICA DA PÓLVORA DE BARCARENA
        Fernando Silva, quinze anos dedicados à Fábrica da Pólvora conhecedor da vida daquela empresa fabril do Estado e mais tarde companhia particular, tornada no maior parque de lazer e cultura do concelho de Oeiras, acabou de escrever o seu último livro sobre a vida naquela empresa.
   Após este último trabalho, Fernando Silva completou a série de três volumes, onde narra em profundidade as principais razões de ter sido sempre uma Fábrica virada para o insucesso, depois de ser adquirida por uma firma belga, a Companhia de Pólvoras e Munições de Barcarena, histórias ocorridas durante a sua estada enquanto empregado e portanto registo das últimas facetas que a levaram ao definhamento em 1988.
     O trabalho começa primeiro por contar a história trepidante, porque não emocionante de um dos trabalhadores fabris, “Felner Duarte”, cujo ódio a Salazar era tal que o levou à prisão e posteriormente deportado para Timor onde viria a encontrar a morte, assim com mais dois companheiros Júlio do Rego e António Silva que protagonizaram uma das mais importantes aventuras dos anos trinta em Barcarena.
   O segundo volume, “Degredo e Negligência” narra alguns acontecimentos dentro da Fábrica da Pólvora, mais propriamente a vida dos operários polvoristas, seus martírios dentro de um ambiente francamente desumano e degradante e fortemente acompanhado da grande negligência com que se actuava e decidia dentro da Fábrica e por último, “Um Anjo Explosivo”, a vida de um simples escriturário administrativo que tudo fez para ajudar o operariado, acabando por sofrer as consequências da sua dedicação, face a tantas contrariedades que o revoltavam no seu dia a dia.
    Estes três trabalhos aguardam a publicação por parte das entidades autárquicas de Oeiras, por o autor considerar um verdadeiro testemunho do ocorrido naquela empresa fabril, desde os primeiros anos do século XX, não esquecendo o embrião da Fábrica e as histórias adjacentes a ela.
       Os factos descritos, são considerados de grande valor histórico e patrimonial, que devem ser preservados, para mais tarde se poder analisar e avaliar o quão difícil foi viver em Barcarena e sobretudo trabalhar naquele verdadeiro degredo que ceifou a vida a muita gente ao longo da sua vida, através das terríveis explosões, trabalhos que poderão ser analisados por quem por eles tiver interesse, exclusivamente na Biblioteca da Quinta do Filinto em Tercena, a funcionar das 10 às 22 horas.
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